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"Fazer poesia, eu sinto apenas isso, dar ordens à um exército para conquistar um império extinto." Paulo Leminski.

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dai-lhe dinheiro, e pague ainda mais impostos culturais


A ignorância praticamente faz parte da forma de viver dos brasileiros, e escrevo (com muita tristeza, mas ainda sim) que alguns parecem sentir "orgulho" de serem “incultos”.
Já faz alguns meses que enquanto conversava com um amigo, um "colega" de classe me perguntou por que eu agia daquela forma, por que eu era tão "CDF". Admito que não tenho uma explicação sensata para isso, afinal é o que eu sou, mas afirmo que sinto um grande prazer em adquirir conhecimento e seria interessante se os outros também sentissem.
Porém esse não era o ponto em que eu realmente queria chegar. A Ignorância não é somente a falta de cultura, pois essa acarretará na fácil persuasão, e quase nunca consegue argumentos suficientes para abrir uma argumentação plausível, como os sofistas de Atenas e seus atenienses, no entanto com uma diferença: esses "meros" atenienses se preocupavam com a "culturalização" de suas crianças, jovens, adultos ou velhos (provavelmente já viram essa comparação em vários textos meus, mas gosto dela).
Como já disse, essa falta de cultura impossibilita a argumentação e o questionamento, deixando que os sofistas (neste caso me refiro aos queridíssimos ladrões poderosos) nos dominem e enquanto pagamos sem saber exatamente o porquê e para que.
No fim a realidade insiste em fazer com que os brasileiros (atenienses inculturais) acreditem que seu dinheiro está sendo bem usado, e realmente está, com casas de luxo, viagens, cruzeiros, hotéis, em fim, o bem estar de poucos.
Há pouco tempo vi alguns dizendo: "Mas que inútil, para que fazer uma ciclovia em uma cidade como Bauru? Ninguém anda de bicicleta." Realmente, poucos andam, mas por quê? E por que os políticos não fazem incentivos se iria melhorar a saúde de tantos brasileiros, além de emitir não gases prejudiciais ao nosso planeta, já que a preocupação com o meio ambiente é tão grande? A resposta é clara. A vontade de acumular dinheiro é muito maior do que a vontade de ajudar as pessoas as quais representa...
Talvez seja até um pouco cansativo, pois prego muito a necessidade da culturalização das pessoas, isso porque realmente me preocupo com o mundo. Se quiserem que ocorra a melhora da saúde, educação e todos os outros setores necessitados, então a mudança deve iniciar a partir de si mesmo obtendo através da educação capacidade suficiente para questionar e mobilizar. 
Toda liberdade pressupõe riscos, e toda sociedade pautada pela felicidade social não suporta a liberdade. Estamos caminhando a passos largos para uma dessas.” – Quando li este trecho de Luiz Felipe Pondé, logo percebi como precisamos de uma mudança drástica , ou melhor, de um exemplo sensato para a sociedade. Mesmo a liberdade de pensamento precisa da educação, pois sem ela, como pensará? Quero dizer, continuarão robôs dos que pensam não ser robôs por acharem que encontraram a mina de ouro do mundo dominando a ignorância.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


 O remédio é a educação básica ou as faculdades?


"Nós sabemos sem sombra de dúvidas que um caminho, do ponto de vista de sua perenidade, mais que outros, tem o poder de assegurar o acesso das pessoas a igualdade de oportunidades: é a educação. Igualdade de oportunidades é uma situação em que, em um país, há garantia para todos os cidadãos de acesso a todas oportunidades, seja qual for sua origem, gênero ou raça". Esta é uma afirmação da presidente Dilma Rousseff que, no entanto enfrenta um grande paradoxo, já que o Brasil obteve a penúltima colocação no ranking de qualidade de educação, além de ser perceptível a falta de interesse e cultura da população.
Porém, como um país que tem um dos salários de professores mais baixos do mundo, além de ter um péssimo investimento em educação e saúde pode querer ter uma boa reputação em comparação com países como Finlândia, Coréia do Sul, Holanda, ou Grã-Bretanha, cujas aplicações governamentais em tais setores são admiráveis. Um forte exemplo, e muito divulgado, é o da Grã-Bretanha, na qual o NHS (National Health Service), equivalente ao SUS do Brasil, no entanto com apenas uma diferença: não é necessário ter um plano particular de saúde para “sobreviver” no caso de uma drástica, ou simples doença. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) os investimentos bancados pelo governo para melhorar o NHS varia em torno de 83%, já o do Brasil chega a 44%.
Em um de seus depoimentos Dilma “apela” para os pais, dizendo que eles devem incentivar os filhos a ler e escrever. Porém há uma pergunta que não quer calar: Como cobrar incentivo à cultura, se os próprios pais não detêm da cultura necessária para tal estímulo?
Outro “produtivo” estímulo, no entanto, este direcionado aos jovens, são as Cotas, as quais encobrem o real problema, que se encontra na alfabetização, o início da “grande bola de neve”.
Há quase um ano atrás, durante uma aula de história a qual tinha como tema ditadura militar, acabamos, eu o professor e mais alguns alunos, iniciando uma discussão sobre a péssima qualidade de ensino no nosso país, e depois uma pergunta feita por mim: Mas por que a falta de investimento no ensino básico e exagero em faculdades, graduações, em fim, na formação final? Obtive a seguinte resposta, que com certeza me fez entender o interesse do nosso governo: Diga-me uma coisa, quantos anos um aluno que está 1° ano demora para chegar na faculdade? Pelo menos 11 anos, e quantos anos um presidente pode ficar no poder? No máximo 8 anos. Mesmo que esse presidente investisse em educação básica logo no início do seu mandato, ele não colheria o prestígio e reconhecimento da população, já que o próximo presidente estaria no comando quando os resultados começassem a aparecer, ou seja, é muito mais cômodo investir em um lugar que lhe dará supostos resultados, sendo ele as faculdades formando, em alguns casos, profissionais sem qualidade.
Infelizmente a realidade é pouco saudável para a educação, sendo necessária a mobilização da nossa sociedade para lutar por algo que trará bons, e reais, resultados, sendo os problemas encarados e solucionados, sem serem cobertos por um suposto “remédio” que entregaria as vantagens a meia dúzia de pessoas, para desfrutarem em barcos, hotéis e casas de luxo, em quanto 99,9% da população sofre as consequências.  

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Ter ou não ter?

Inicialmente, devo explicitar o tema. Utopias. Eis a questão que tanto nos faz pensar, e em alguns momentos,   nos deixa realmente enlouquecidos. Hoje vivemos em uma sociedade capitalista, e que sou OBRIGADA a admitir que tenha o seu "lado" razoável... Vejamos: Acúmulo de capital, estímulo à competição entre países, portanto, desenvolvimento tecnológico, entre outros. No entanto convivemos com uma das maiores consequências, deste sistema: a desigualdade social.
Durante muitos anos a antiga União Soviética ( hoje Rússia) foi um conhecido país socialista, que tornou-se capitalista por causa da guerra fria com os EUA. O socialismo, assim como o capitalismo tem algumas desavenças: o baixo incentivo ao desenvolvimento tecnológico, e como alguns dizem, universalizar a miséria, mas existem controvérsias.E também suas boas características: Igualdade social e ECONÔMICA, justiça social e forte senso comunitário. 
Segundo Luis Felipe Pondé "Para as sociedades ocidentais funcionarem, temos que comprar. Para comprar no nível que a máquina econômica nos pede, temos que, mais do que comprar, consumir sempre e cada vez mais.", neste trecho percebemos como a sociedade capitalista trabalha e que para eles somos o meio de transporte do lucro facil, no entanto a maioria das pessoas não consegue ir ao shopping, sem ao menos comprar "uma lembrança" para usar no fim de semana, ou qualquer que seja o dia, onde eu realmente quero chegar, é que o consumo desenfreado já faz parte da forma de manter a todos "felizes” e alienados do mundo.
Mesmo vendo o socialismo como a "solução para o mundo" não podemos transformá-lo em uma utopia, pois essa é exagerada, e nada que é "de mais" é bom, por tanto devemos observar TODAS as características, buscando desta forma uma real solução para o problema que vivemos mundialmente hoje.
Uma das partes mais caracterizantes de um dos textos de Pondé é "O Leste Europeu, quando ficou livre, gritou "Prada!“. A liberdade conquistada foi para ir ao shopping no fim de semana e comprar toda essa gama de lixo que se compra, com a "boca cheia de dentes esperando a morte chegar..."." onde vemos que poucos se importam com o ambiental e a sociedade humana.
Talvez a utopia socialista não se torne ruim, mesmo sendo uma utopia, quando é comparada ao capitalismo.
Por fim vejo que os "burgueses" são a mais pura utopia do capitalismo.
A sociedade não passa de o meio de transporte para que os "burgueses" enriqueçam de forma individual e autoritária.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A tecnologia e o desenvolvimento pouco tecnológico humano.
Quanto mais assistimos televisão, sendo ela a maior alienadora do ser humano, mais percebemos como o ser humano é passivo em relação ao mundo em que vive e seus atos propostos. O homem é facilmente enganado quando vive a procura de um método de manter-se “feliz” ou mais precisamente, em “êxtase”, o qual na verdade não passa do consumo excessivo, cuja sociedade nos induz a tragar dessa droga viciante e corrosiva a mente e a capacidade de indagar, por estarmos em estado de enlevo, o qual bloqueia nossa visão crítica.
Escrever críticas sobre o mundo não é somente dizer os problemas, mas tentar encontrar soluções sensatas e plausíveis para a realidade. A questão principal não é tentar chegar a um acordo que cesse a necessidade de apensa um dos lados, e sim descobrir uma que seja razoavelmente boa para ambas as partes. Afinal nos fazem acreditar que devemos tentar encontrar uma razão pela qual ainda estamos tentando viver, criar nossos filhos, e fazer com que pensemos que temos uma vida “normal”.
Mas na realidade o que é uma vida normal? Será que se enquadra na vida que estamos acostumados? Ou será uma vida idealizada e pouco encontrada, pois o sistema social, econômico e político não permitem através dos métodos de persuasão, que costumo comparar com os Sofistas da antiga Atenas? 
Primeiramente contarei um pouco sobre as tentativas de revoluções na história de independência do Brasil.: inconfidência mineira: reuniões secretas. Conjuração Baiana: Panfletos colados em muros. Revolução de 1817: novamente reuniões secretas. 
Mas como exigir poder de critica e interpretação de um povo ignorante? É necessária a melhoria do ensino brasileiro, mas é óbvio que nosso governo não deseja isso. Afinal, por que querer que uma população facilmente manipulada culturalize-se e indague os atos propostos?